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22 julho 2011

Ponto e virgula, uma entrelinha perdida num determinado espaço de tempo, ao sabor do vento, numa mera resma de papel perdida num caderno velho, com rugas, entre pedaços de tinta que o marcam de uma forma naturalmente especial, entre palavras soltas e flutuantes, de linha para linha, sem um objectivo pré-definido , entre ventos fortes e paisagens pesadas. A tinta vai dialogando entre a pena e a resma, dando tempo ao tempo, ouvindo atenciosamente o soprar do vento, no seu alento, e naquela alegria afirmada com o passar dos anos e com a força de vontade por ela estabelecida, em mais uma mera palavra escrita, como quem tatua de forma delicada um pedaço do corpo. A tinta vai esgotando, a folha vai permanecer intacta ate que um dia encontres esta resma de papel perdida debaixo da minha cama, sobrevoada sobre um imenso pó, a ai vais dar valor aqueles que realmente merecem, e que estão sempre la para qualquer situação, sem tirar nem por. A tinta acabou, o livro fechou.

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